Parasitismo de Tetrastichus giffardianus (Hymenoptera: Eulophidae) em larvas de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae)

  • Autor
  • Maria Raquel de Sousa Soares
  • Co-autores
  • Elton Lúcio de Araújo , Gthielly Maira Fernandes , Alcimar Galdino de Lira , Bárbara Karine de Albuquerque Silva
  • Resumo
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    Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) é considerada uma das principais pragas de frutíferas no mundo. Como alternativa, a utilização de parasitoides para o controle desses dípteros vem ganhando espaço por ser um método ambientalmente seguro e eficaz. Na década de 1930, o parasitoide Tetrastichus giffardianus (Hymenoptera: Eulophidae) foi introduzido no Brasil (Estado de São Paulo) para o controle de C. capitata, porém o parasitoide não conseguiu se adaptar. Nos últimos anos, T. giffardianus vem sendo registrado parasitando naturalmente C. capitata em condições de campo, no semiárido brasileiro. Assim, é importante a realização de estudos básicos que envolvam a interação desse inimigo natural com a espécie-praga em questão e suas diversas espécies de frutíferas hospedeiras. Portanto, o objetivou-se avaliar a eficiência de parasitismo de T. giffardianus sobre larvas de C. capitata em diferentes variedades de manga (Mangifera indica L). Para isso, parasitoides recém emergidos foram sexados e alocados em casais dentro de arenas plásticas, em delineamento inteiramente casualizado contendo quatro tratamentos (T1-Coité, T2-Haden, T3-Tommy Atkins, T4-Rosa) e 10 repetições constituídas por um pedaço de fruto de manga infestado com cinco larvas de terceiro instar de C. capitata cada. Após o período de 24 h de exposição, todas as larvas foram individualizadas até a emergência dos adultos (mosca/parasitoide). Após a emergência dos adultos, avaliou-se a porcentagem de parasitismo, o número médio de parasitoides por pupário/hospedeiro e a razão sexual da prole. Constatou-se maior taxa de parasitismo em larvas que infestavam a variedade Coité (12,5%), seguido das variedades Haden (6,5%), Tommy Atkins (6,5%) e Rosa (6%). O total de parasitoides emergidos foi de 624 adultos, com médias de: 10,2; 10; 12,6 e 9,6 parasitoides/pupário nas variedades Coité, Haden, Tommy Atkins e Rosa, respectivamente. Os valores médios da razão sexual foram de 0,38 para a variedade Coité, 0,46 para a Haden, 0,65 para a variedade Rosa e 0,53 para a variedade Tommy Atkins. Pode-se inferir que houve tendência de maior taxa de emergência de fêmeas em relação ao número de machos para as variedades Rosa e Tommy Atkins. Conclui-se que o parasitoide apresentou melhor desempenho na variedade de manga Coité, devido à alta taxa de parasitismo em relação as demais variedades.

     

  • Palavras-chave
  • Mosca-do-mediterrâneo, Controle Biológico, Mangifera indica
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